LEVANTAMENTO PRELIMINAR DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DIURNOS DO REMANESCENTE FLORESTAL DO CAMPUS JOSÉ RIBEIRO FILHO DA UNIR, PORTO VELHO/RO
II Encontro Científico de Agricultura Sustentável e Biodiversidade - II ECASB
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v7i1.86Palavras-chave:
Conservação, Transecção Linear, Amazônia-sul-ocidentalResumo
O Brasil é detentor de uma megadiversidade mundial, tanto em número de espécies, quanto em espécies endêmicas. Entretanto toda essa biodiversidade vem sendo ameaçada pelos avanços no desmatamento ilegal, principalmente na região amazônica, onde é urgente a necessidade de desenvolvimento de pesquisas que subsidiem a implementação de programas de conservação e de educação ambiental, pois estratégias de conservação geralmente só são eficientes se houver envolvimento da sociedade como um todo. Trabalhos de levantamento de fauna são essenciais para a elaboração desses projetos. Os mamíferos não voadores de médio a grande porte são essenciais para manutenção e recomposição das florestas tropicais, visto que são reguladores populacionais (predadores de topo), além dos seus comportamentos alimentares diversificados, como a nectarivoria, folivoria e frugivoria ajudam no processo de dispersão de semente e polinização. O atual trabalho tem como objetivo inventariar e estimar as populações das espécies que compõem a mastofauna diurna não-voadora de um remanescente florestal periurbano localizado no Campus José Ribeiro Filho da Universidade Federal de Rondônia no município de Porto Velho/RO. Ao todo foram percorridos 59,8 km utilizando a metodologia de transecção linear a uma velocidade média de 1,5 km/hora em duas trilhas de 450m cada, durante o período de julho a outubro de 2019. Para complementação dos dados foi levado em consideração dados de encontros aleatórios e de demais trabalhos realizados na área entre os anos de 2017 a 2019. Foram levantadas seis espécies através da metodologia de transecção linear: Plecturocebus brunneus (Zogue-zogue), Pithecia mittermeieri (Parauacú), Leontocebus weddelli (Sauim-da-cara-suja), Mico rondoni (Sagui-de-Rondônia), Eira barbara (Irara) e Didelphis marsupialis (Gambá-comum) e seis espécies através de encontros furtuitos: Saimiri ustus (Mico-de-cheiro), Sapajus apella (Macaco-prego), Dasyprocta sp (Cutia), Nasua nasua (Quati), Dasypus novemcinctus (Tatu-galinha) e Myrmecophaga tridactyla (Tamanduá-bandeira). Levando em consideração trabalhos anteriores executados na mesma área de estudo e mesmo método (Alencar, 2008), pode-se observar uma redução na riqueza de espécies da área de estudo (de 20 espécies para 12), possivelmente devido à expansão horizontal da universidade, presença de animais domésticos (epizootias e predação), atropelamento e expansão urbana (sítios, casas e lixão) no entorno do remanescente. Entretanto o esforço amostral ainda é incipiente para afirmar que realmente esteja ocorrendo uma defaunação na área.
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