TAXAS DE INFESTAÇÃO DO ÁCARO ECTOPARASITA Varroa destructor ANDERSON & TRUEMAN (MESOSTIGMATA: VARROIDAE) EM ABELHAS AFRICANIZADAS EM UM APIÁRIO COMERCIAL NO SUDOESTE DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
II Encontro Científico de Agricultura Sustentável e Biodiversidade - II ECASB
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v7i1.85Palavras-chave:
Acari, Apicultura, Apidae, Parasitologia, Patologia apícolaResumo
A apicultura é uma atividade que possui rápido retorno do investimento e baixo impacto ambiental. No entanto, as abelhas são hospedeiras de vários parasitas capazes de causar danos à produtividade, mortalidade de colônias e consequentemente prejudicar a atividade apícola. O ácaro ectoparasita Varroa destructor Anderson & Trueman (Mesostigmata: Varroidae) é um dos parasitas de abelhas mais estudados mundialmente. Sua alta capacidade reprodutiva na maioria das raças de Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) e a habilidade vetorial de vários vírus agravam a situação das colônias, causando morte e perdas na apicultura. Por isso torna-se necessário o seu monitoramento por todas as regiões brasileiras, sobretudo na região Sudoeste da Amazônia brasileira, onde praticamente não há informações sobre a taxa de infestação de V. destructor em abelhas africanizadas. O presente estudo objetivou avaliar as taxas de infestação do ácaro V. destructor sobre abelhas africanizadas em um apiário comercial no Sudoeste da Amazônia brasileira. Para tanto, foi selecionado um apiário comercial localizado no município de Porto Velho, Rondônia, Brasil. O apiário possui atualmente 25 colmeias (padrão Langstroth) com enxames populosos e está localizado em pomar de pitaya para polinização da frutífera. A partir desse apiário, cinco colmeias foram selecionadas aleatoriamente para o monitoramento mensal da taxa de infestação do ácaro V. destructor, entre março a agosto de 2019. Para a obtenção da taxa de infestação do ácaro, em cada uma das colmeias foram coletadas da área de cria aproximadamente 400 abelhas adultas, incluindo operárias e zangões. As abelhas foram coletadas com funil e acondicionadas em recipientes de plástico (500 mL) contendo aproximadamente 300 mL de álcool 70%. Recipientes de plástico contendo as abelhas foram agitados continuamente por 3 minutos para liberar os parasitas. Posteriormente, as abelhas foram colocadas em uma superfície branca para facilitar a visualização dos ácaros. Os corpos das abelhas foram inspecionados individualmente e quaisquer ácaros ainda aderidos a eles foi removido. Este procedimento foi repetido duas vezes, após o qual os ácaros encontrados foram contados juntamente com o número de abelhas por amostra, e a taxa de infestação (em %) foi calculada. A taxa média de infestação de V. destructor foi de 6,1%. As taxas de infestação variaram de 4,7% em maio a 6,2% em junho, níveis considerados baixos para causar danos significativos às colônias de A. mellifera africanizadas. As baixas taxas de infestação de V. destructor encontradas em uma estação considerada de pouca precipitação pluviométrica e da presumidamente pouca disponibilidade de alimento às abelhas, indica que as colmeias avaliadas podem ser tolerantes ou resistentes ao ácaro V. destructor. Devido à dinâmica multifatorial de infestação do ácaro, vale ressaltar a continuidade do monitoramento de sua taxa de infestação na região Sudoeste da Amazônia brasileira, bem como avaliar o comportamento higiênico das abelhas a fim de elucidar uma potencial resistência ao ácaro V. destructor.
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