OS DILEMAS PSICOSSOCIAIS ENVOLTOS NO TRATAMENTO DA LEUCEMIA PEDIÁTRICA
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v11i2.842Palavras-chave:
Câncer infantil, atendimento humanizado, recuperação psicossocial infantil, quimioterapia, hospitalização pediátricaResumo
O câncer infantil, principalmente a Leucemia Linfóide Aguda (LLA), embora tenha uma alta taxa de sobrevida de 5 anos (90%), apresenta desafios psicológicos consideráveis para as crianças, as quais enfrentam transformações corporais, tratamentos intensos e uma mudança drástica na rotina. A pesquisa busca enfatizar a necessidade de um ambiente hospitalar humanizado, com foco tanto na recuperação biológica, quanto psicossocial da criança. Esta revisão bibliográfica integrativa, foi realizada através de plataformas, sendo o Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Portal Nacional da BVS (BVSALUD), selecionou 21 artigos publicados entre 2010 e 2020 em inglês, português e espanhol. Os resultados apontam que, apesar dos avanços na cura da leucemia pediátrica, o diagnóstico ainda é desafiador, e o estigma social associado ao câncer impacta o bem-estar psicológico da criança. Em vista disso, é vital uma abordagem terapêutica humanizada que integre aspectos biopsicossociais e emocionais, com profissionais de saúde fornecendo apoio crucial. Dessa forma, estratégias como brinquedotecas e programas educacionais em hospitais são essenciais para melhorar o bem-estar mental das crianças durante o tratamento. Em resumo, para uma abordagem eficaz da leucemia pediátrica, tratamentos clínicos devem ser combinados com suporte emocional e atividades lúdicas.
Palavras chave: Câncer infantil, atendimento humanizado, recuperação psicossocial infantil, quimioterapia, hospitalização pediátrica.
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