DROGAS: VÁLVULA DE ESCAPE PARA ACADÊMICOS DE MEDICINA NA CONTEMPORANEIDADE

V Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Resumo

Introdução: A formação universitária faz parte dos objetivos de muitos indivíduos na atual sociedade e se caracteriza por um período de intensas exigências. Dados epidemiológicos apontam para um aumento de mudanças no comportamento desta população após ingresso no âmbito acadêmico, ocasionados pela vida moderna. Cursos da área da saúde são conhecidos por apresentarem maiores cargas horárias e extensos anos de formação. As exigências da formação atrelados ao conhecimento sobre os efeitos de drogas lícitas e ilícitas por acadêmicos de medicina pode ocasionar utilização de drogas de forma indevida e prejudicial à saúde. Objetivo: Evidenciar o percentual de uso de drogas lícitas ou ilícitas e os motivos desencadeadores do consumo em acadêmicos do curso de medicina por meio de revisão bibliográfica. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão sistemática com análise quantitativa para verificação do uso de droga e abordagem qualitativa para análise dos motivos que ocasionam a sua utilização. A coleta de dados foi realizada nas bases Scielo, PubMed e Google Acadêmico com filtro para estudos publicados a partir do ano 2018 utilizando-se os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) “estudantes”, “medicina” e “drogas”. Resultados: A média de idade dos estudantes entrevistados foi de 17 a 25 anos (80,9%), onde foi relatado o consumo de álcool (85%), tabaco (33,3%), maconha (18,6%) e estimulantes (10,83%), e os motivos observados para o consumo de drogas estão relacionados a ansiedade, estresse e depressão. A facilidade para a utilização de drogas lícitas e que não têm necessidade de prescrição médica destaca o elevado consumo de álcool e tabaco. Conclusão: Fatores da vida moderna, as exigências da formação em medicina e a rotina vivida pelos acadêmicos resultam em percentuais elevados de consumo de drogas, provavelmente utilizadas como válvula de escape para questões como ansiedade, estresse e depressão. Com isso, o consumo pode estar associado com questões de saúde e desencadear problemas psicológicos e no âmbito social.