O PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS B E DELTA NA REGIÃO AMAZÔNICA DO BRASIL

V Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Autores

  • Hectore Molino Luchesi Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA
  • Lucas Yuri Batista de Lira Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA
  • Matheus Henrique de Medeiros Lessa Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA
  • Alcione de Oliveira dos Santos Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Palavras-chave:

Hepatite Delta, hepatite B, Amazônia ocidental

Resumo

INTRODUÇÃO: A Hepatite Delta é uma doença hepática grave causada pelo vírus da Hepatite Delta (VHD), associada à infecção pela Hepatite B (VHB). Apesar de estarem presentes em outras regiões do planeta, elas possuem grande prevalência na Amazônia Ocidental. OBJETIVO: Caracterizar o perfil clínico e epidemiológico das hepatites B e Delta na Região Amazônica. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, por meio das ferramentas online de busca de artigos científicos, a fim de se obter estudos publicados em revistas e periódicos internacionais e regionais. RESULTADOS: Quanto ao perfil epidemiológico das Hepatites B e Delta, observou-se a confirmação de seus caracteres endêmicos na Região Amazônica, com o vírus da Hepatite B (VHB) apresentando uma maior prevalência e afetando, principalmente, adultos jovens (média de idade de 22 a 31 anos). O estado com maior prevalência de VHB+VHD (casos totais isolados de hepatite B + casos totais de coinfecção) foi o Amazonas com 7735 , sendo 1234 de coinfecção, seguido por Mato Grosso com 6678 casos de VHB+VHD, sendo 14 de coinfecção, Acre com 6661 casos de VHB+VHD, sendo 674 casos de coinfecção, Rondônia com 6639 casos de VHB+VHD, sendo 147 casos de coinfecção com coinfecção, estes estados somados aos outros 5 estados da Amazônia Legal (AP, MA, RR, PA e TO), totalizam 35903 casos de VHB+VHD, sendo 2114 de coinfecção. Com relação aos aspectos clínicos, a coinfecção é menos comum do que a infecção causada somente pelo VHB. Os casos de superinfecção apresentam uma maior gravidade de doenças hepáticas. Observa-se também que o principal genótipo em circulação da Hepatite Delta (VHD) é o do tipo 3, geralmente associado à presença de doença hepática crônica avançada, com taxa detectável alta de VHB e um menor número de plaquetas na corrente sanguínea. CONCLUSÃO: Por fim, conclui-se que as hepatites virais B e Delta são um problema visível na região amazônica, apresentando alta prevalência, principalmente de VHB, configurando-se como uma região endêmica. Nesse contexto, é importante manter os esforços existentes para o controle dessas doenças, a fim de continuar a diminuição da prevalência na região endêmica brasileira e evitar a disseminação dela para outras regiões do planeta. Além disso, é essencial que mais pesquisas sejam feitas nesse sentido, para que o controle dessas hepatites seja aperfeiçoado e a diminuição da prevalência seja alcançada, com o interesse final de erradicá-las.

Biografia do Autor

Hectore Molino Luchesi, Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Acadêmico de medicina

Lucas Yuri Batista de Lira, Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Acadêmico de medicina

Matheus Henrique de Medeiros Lessa, Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Acadêmico de medicina

Alcione de Oliveira dos Santos, Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Docente

Publicado

2023-08-15

Como Citar

Luchesi, H. M., Lira, L. Y. B. de, Lessa, M. H. de M., & Santos, A. de O. dos. (2023). O PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS B E DELTA NA REGIÃO AMAZÔNICA DO BRASIL: V Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA. REVISTA FIMCA, 7(1), 44. Recuperado de https://ojs.fimca.com.br/index.php/fimca/article/view/736

Edição

Seção

Resumos de Eventos / Conference Abstract