DESENVOLVIMENTO DA MUSICOTERAPIA NA NEUROREABILITAÇÃO DE TRAUMATISMOS CRANIOENCEFÁLICOS
V Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA
Palavras-chave:
Musicoterapia, traumatismo cranioencefálico, reabilitação neurológicaResumo
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um problema de saúde pública significativo em nossa sociedade, sendo necessários altos investimentos em tratamentos de reabilitação cognitiva após o evento traumático. Um tratamento que se destaca além dos tratamentos tradicionais é a musicoterapia. A música tem a capacidade de ativar diversas áreas do cérebro simultaneamente, do córtex motor ao córtex auditivo, entre outros. Esta característica associada com a neuroplasticidade cerebral, de se remodelar de acordo com a necessidade, torna a musicoterapia uma aliada nos tratamentos de pacientes com TCEs. Objetivo: Demonstrar cientificamente a viabilidade da musicoterapia na neuro reabilitação de traumatismos cranioencefálicos. Metodologia: Trata-se de revisão bibliográfica de artigos científicos encontrados online sobre o tratamento musical em pacientes com TCEs. Resultados: Técnicas modernas de imageamento e mensuração de marcadores biológicos e hormonais como: cortisol, dopamina, endorfina, serotonina, oxitocina e BNDF (Brain Derived Neurotrophic Factor – marcador de neuroplasticidade) permitiram o avanço na neurociência e da musicoterapia pela produção de evidências científicas sobre as áreas do cérebro estimuladas pela música, e sobre as alterações fisiológicas e cerebrais produzidas por ela. Música estimula áreas corticais e subcorticais; engaja todas as funções cognitivas: processamento de informação, atenção, memória, linguagem, processamento emocional etc. Concomitantemente, resultados em relação a neuroplasticidade cerebral mostram que a música, ao alterar níveis hormonais, facilita a neurogênese e a reparação neural. Em face a estas evidências científicas, tratamento musical vem sido usado na reabilitação cognitiva pós TCE. Estudos randomizados, com grupo de pacientes recebendo tratamento musical e grupo controle recebendo tratamento tradicional, demonstraram significativa melhora cognitiva nos pacientes com a terapia musical. Os critérios para análise de melhora foram testes neuropsicológicos e motores associados a imageamento por ressonância magnética. Conclusões: Nos estudos analisados, a musicoterapia mostrou-se uma alternativa viável em reabilitações cognitivas. Após o tratamento, pacientes apresentaram melhora na função cognitiva, melhora na sensação de bem estar, melhora na interação social, melhora na fala e, inclusive, melhora em parâmetros fisiológicos como pressão arterial, batimentos cardíacos e frequência respiratória. Portanto, pelos estudos referenciados e pelas evidências teóricas, há um embasamento substancial para a prática da terapia.
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