PROGNÓSTICO DA CO-INFECÇÃO COM SARS-COV2 EM INDIVÍDUOS QUE VIVEM COM HIV: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
V Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA
Palavras-chave:
Co-infecção, HIV, COVID-19Resumo
Introdução: Em 2020, emergiu no mundo a pandemia de SARS-COV2, vírus respiratório com repercussões sistêmicas e a co-infecção de pacientes diagnosticados com HIV é uma preocupação emergente na comunidade de saúde. A resposta adaptativa através de anticorpos e linfócito T específicos é imprescindível à convalescência do paciente com viroses, que por sua vez demanda um arranjo orquestrado pelos linfócitos TCD4+ os quais possuem um déficit secundária a infecção pelo HIV. Até o momento morreram 1.044.490 pessoas no mundo pelo novo corona vírus e as perspectivas de manejo terapêutico galgam-se em vacinas, ainda sem previsão de conclusão de fases de testes. Objetivo: Verificar evidências cientifica de repercussões significativas no prognóstico do coinfectado com HIV e SARS-COV2 na comunidade científica. Metodologia: Pesquisa bibliográfica no Pubmed e Scielo com os indexadores “HIV”, “co-infection” e “covid19”, resultando em 48 produções e destas, 23 elegíveis. Resultados: A co-infecção prévia com HIV não foi corroborada como fator de pior prognóstico em pacientes infectado com SARS-COV2, antagonicamente, a revisão da literatura sugere que a terapia antirretroviral pode ter sido determinante para o curso clínico brando na população pesquisada. Paralelamente, alguns autores evidenciaram demora na sorocoversão em resposta ao covid-19, bem como falsos negativos na detecção de marcadores virais mediante RTPCR, exame padrão ouro de diagnóstico, mesmo em pacientes sintomáticos. As pesquisas até então tem limitações, por nenhuma ter caráter prospectivo de acompanhamento de pacientes, bem como a amostras serem diminutas conferindo a eles o status prematuro de evidências até o momento. Conclusão: Mediante a presente revisão bibliográfica, verifica-se a escassez de produções que corroborarem ou invalidem pior prognóstico em pessoas que vivem com HIV no transcorrer da infecção pelo SARS-COV2. Salienta-se que as evidências até o momento falam a favor de não haver implicações clínicas piores nessa co-infecção. Assim, mesmo diante das produções já realizadas, fazem-se necessárias pesquisas prospectivas acerca da temática para avaliar com critérios mais específicos as repercussões do HIV no transcorrer da síndrome do SARS-COV2.
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