INCIDÊNCIA DE DENGUE NO ESTADO DE RONDÔNIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DO COVID-19

V Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA

Resumo

INTRODUÇÃO: A dengue se caracteriza como uma doença infecciosa viral transmitida por meio do vetor Aedes Aegypti, sendo considerada uma arbovirose pertencente ao gênero Flavivírus, que apresenta 4 sorotipos (DENV – 1 a 4), no qual pode manifestar-se desde forma assintomática até quadros graves que em consequência podem evoluir para o óbito. Ainda neste seguimento, na região Norte, especificamente em Rondônia, a dengue é uma doença endêmica de grande incidência, principalmente durante o período chuvoso. OBJETIVO: Demonstrar o aumento da incidência dos casos de dengue notificados e confirmados em Rondônia durante o intervalo de janeiro a junho de 2020, diante da pandemia do COVID-19, comparado ao mesmo período no ano de 2019. METODOLOGIA: Revisado boletim epidemiológico dos casos de dengue entre os meses de janeiro a junho de 2020, publicados pela Agevisa do estado de Rondônia. RESULTADOS: Comparando os períodos citados anteriormente, nota-se um aumento de 290,54% dos casos notificados, sendo 1152 casos em 2019 e 4499 em 2020. Diante dos casos confirmados evidencia-se uma alta de 709%, no qual ocorreram 297 casos em 2019 e 2402 em 2020. Segundo o cenário apresentado, acredita-se que os fatores indicativos para estes aumentos significativos deve-se ao maior acúmulo de lixo pela população, e a ausência de saneamento básico, que propicia na formação de focos. Associado a estes fatores, há a redução das fiscalizações realizadas pelos agentes de combate a endemias, os quais, realizavam visitas residenciais orientando a população quanto aos cuidados para evitar os criadouros dos vetores da Dengue. CONCLUSÃO: A ocorrência da pandemia ocasionou o negligenciamento das demais doenças em comparação com a COVID-19, sendo que esta trouxe para sociedade a modificação do meio, através do distanciamento e do isolamento social, assim como medo e incertezas, os quais acabaram por postergar as medidas protetivas de doença endêmicas como a Dengue. Entretanto, vale salientar que não há uma comprovação em pauta sobre as reais motivações  desta incidência elevada.