RIQUEZA DE MAMÍFEROS SILVESTRES DE MÉDIO E GRANDE PORTE EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO

II Encontro Científico de Agricultura Sustentável e Biodiversidade - II ECASB

Autores

  • Bruna Maria Alves Féa Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)
  • Carolina Pereira da Silva Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)
  • Milena Daniela Sousa Silva Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)
  • Marcela Alvares Oliveira Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)

DOI:

https://doi.org/10.37157/fimca.v7i1.70

Palavras-chave:

Primatas urbanos, Extinção local, Fauna, Fragmentos urbanos

Resumo

De acordo com o Código Florestal uma das funções das Áreas de Preservação Permanente (APP) é a preservação da biodiversidade. Dentre os elementos da biodiversidade destacamos os mamíferos. Esse grupo desempenha importantes serviços ecológicos, tais como a predação e dispersão de sementes. Essas áreas são ínsitas e para isso são extremamente dependentes das formas de manejo para que preservem suas características originais e sua auto sustentabilidade, ressaltando a necessidade da ampliação do conhecimento sobre as espécies da fauna que ocorrem nesse ambiente. O objetivo desse trabalho foi de inventariar os mamíferos de médio e grande porte em APPs do perímetro urbano do município de Porto Velho através do aplicação de entrevistas. Para a coleta dos dados um guia de entrevistas foi elaborado, constando os temas e variáveis que foram abordadas. Os entrevistados foram questionados sobre as espécies de mamíferos que ocorriam nas APP próximas a sua moradia, e quais espécies era abundante, raras ou se exista alguma que já havia sido extinta localmente. Conforme determinado pela Resolução CNS 466/12, este trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, o qual foi aprovado sob o número do parecer 2.661.332. Foram realizadas 53 entrevistas onde foram registradas 14 espécies de mamíferos de médio e grande porte em 65 citações. As espécies Leontocebus weddelli (n=16) e Didelphis marsupialis (n=15) foram as que tiveram os maiores números de citações, enquanto as espécies Sapajus apela, Ateles chamek, Cerdocyon thous, Pteronura brasiliensis e Lontra longicaudis tiveram somente um registro de citação cada um. O ordem Primates foi a que obteve o maior número de citações (n=21). Foram apontadas sete espécies como abundantes (n=18), sendo o Leotoncebus weddelli (n=7) a com maior número de registros. Em relação as raras, foram registradas cinco espécies (n=9), destacando-se a Panthera onca (n=3). No grupo das extintas, foram registradas oito espécies (n=30), sendo a principal a Didelphis marsupialis (n=8). Ainda em relação a extinção local, houve o registros de seis entrevistados que não sabiam responder a pergunta e três que afirmaram que não havia nenhum espécie extinta. A predominância da citação de primatas pode estar relacionado por se tratar de um grupo com hábitos arborícolas e diurnos. A maior abundância citada de L. weddelli está também com a facilidade de observação, bem como a maior capacidade de adaptação em fragmentos florestais e vegetações secundárias. O registro da P. onca pode estar relacionado com o tamanho reduzido das áreas florestadas urbanas, bem como a caça de controle da espécie em função do medo de ataques. A possibilidade de abate sistemático de espécies em função de prováveis ataques ou aversão é reforçado quando observado que o D. marsupialis foi a espécie mais citada como extinta localmente, sendo esses casos já documentados na literatura. As APPs urbanas possuem capacidade de preservar uma parcela da biodiversidade de mamíferos, contudo a tendência que essa esteja restrita somente a espécies que exijam pequenas áreas de vida e que possuam grande capacidade adaptativa.

Biografia do Autor

Bruna Maria Alves Féa, Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)

Discente do curso de Ciências Biológicas

Carolina Pereira da Silva, Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)

Discente do curso de Ciências Biológicas

Milena Daniela Sousa Silva, Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)

Bióloga

Marcela Alvares Oliveira, Centro Universitário Aparício Carvalho (FIMCA)

Docente do Centro Universitário Aparício Carvalho

Publicado

2020-08-01

Como Citar

Féa, B. M. A., Silva, C. P. da, Silva, M. D. S., & Oliveira, M. A. (2020). RIQUEZA DE MAMÍFEROS SILVESTRES DE MÉDIO E GRANDE PORTE EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO: II Encontro Científico de Agricultura Sustentável e Biodiversidade - II ECASB. REVISTA FIMCA, 7(1), 10. https://doi.org/10.37157/fimca.v7i1.70

Edição

Seção

Resumos de Eventos / Conference Abstract