DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v9i3.645Palavras-chave:
Doença inflamatória pélvica, Diagnóstico, Terapêutica, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeaeResumo
INTRODUÇÃO: A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) caracterizada por ser uma infecção polimicrobiana do sistema genital feminino superior, sendo causada na maioria das vezes por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, acometendo principalmente mulheres em idade fértil e sexualmente ativas. Assim seu diagnóstico é clínico baseado na sintomatologia marcada por dor abdominal/pélvica podendo se apresentar também de forma inespecífica por isso a importância da associação com a epidemiologia da doença e critérios presentes no exame físico. Além de o tratamento instituído ter a finalidade de diminuir as possíveis complicações, principalmente a longo prazo como gravidez ectópica, peritonite, infertilidade e dor crônica. OBJETIVO: Reunir informações embasadas em estudos recentes sobre etiologia, diagnóstico, fatores de risco e manejo terapêutico referente a DIP e suas complicações. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas principais plataformas digitais, como Google Acadêmico, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde, buscando-se por artigos completos, gratuitos, escritos entre 2010 e 2022 e publicados nas línguas português, inglês e espanhol. Foram encontrados treze artigos, dos quais foram descartados cinco por não preencherem os objetivos da presente pesquisa. RESULTADOS: Evidenciou-se que o quadro é ascendente podendo se limitar apenas a um órgão, estrutura ligamentosa ou apresentar abrangência múltipla e sistêmica, podendo ainda mais se apresentar de forma aguda, crônica ou subclínica tendo a incidência maior entre mulheres jovens de 15 a 25 anos, também atrelado a outros fatores de risco como: nível socioeconômico, antecedentes ginecológicos e obstetrícios, múltiplos parceiros sexuais, sendo então frequentemente descrita como um agravante de infecções sexualmente transmissíveis. Ainda mais, como na investigação não existe um fator patognomônico confiável esta infecção pode manifestar-se com diversas apresentações clínicas e vários graus de manifestação assim seu diagnóstico pode ser mais efetivo aliado a exames complementares laboratoriais e de imagem. Ademais, é recomendado tratamento empírico na fase mais inicial possível a fim de mitigar piores desfechos, podendo ocorrer em ambiente ambulatorial ou hospitalar dependendo então do nível de desenvolvimento da doença. CONCLUSÃO: Diante do exposto é notório a gravidade desta infecção pois é capaz de causar danos preocupantes aos órgãos que forem acometidos. Bem como, a avaliação é dependente também do tipo de microrganismo causador pois este pode evoluir com apresentações mais leves ou graves, ou seja, com essa sintomatologia que pode vir a ser bem inespecífica a investigação tem que ser minuciosa. Dessa forma, são necessárias políticas públicas de saúde que contribuam em toda a abrangência da DIP para que o seu rastreio seja eficiente assim como o tratamento precoce para evitar as futuras complicações.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
A Revista FIMCA disponibiliza seus artigos e resumos para livre acesso de forma permanente e gratuita nos termos da Creative Commons Attribution License, permitindo que a sociedade possa compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial), desde que seja dado o devido crédito apropriado, provendo um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Vale a pena ressaltar, que mesmo que o material seja transformado, modificado, ou der origem a outro material, este deve ser distribuido respeitando obrigatoriamente a citação do original nos termos da licença CC BY-AS 4.0 DEED.