MULTIRRESISTÊNCIA BACTERIANA DE Acinetobacter baumannii AOS ANTIBIMICROBIANOS NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022

Resumo

INTRODUÇÃO: Acinetobacter baumannii é um microrganismo Gram-negativo que representa uma ameaça à saúde pública por causar doenças graves e invasivas (especialmente nosocomiais) associadas a altas taxas de mortalidade. Nos últimos anos, esse patógeno tem apresentado resistência a múltiplas drogas (MDR), principalmente pelo uso indevido de antibióticos e má gestão. A. baumannii pode causar uma variedade de infecções, a maioria envolve o trato respiratório, especialmente pneumonia associada ao ventilador, mas bacteremia e infecções de feridas na pele também foram relatadas. OBJETIVO: Discutir os principais antimicrobianos e os mecanismos que levam A. baumannii apresentar resistência. Diversos fatores intrínsecos e extrínsecos podem estar associados a resistência desse patógeno a alguns antibióticos, sendo os carbapenêmicos o principal entre esses medicamentos. METODOLOGIA: Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando os principais instrumentos de busca online de artigos científicos como: Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A busca dos artigos foi realizada através dos seguintes descritores: Acinetobacter baumannii; Patógeno; Multirresistência; Antibiótico; Mecanismos de resistência, tanto na língua portuguesa quanto na língua inglesa. RESULTADOS: A. baumannii é uma bactéria Gram-negativa que pode resistir a uma variedade de condições ambientais e em superfícies. Essas características o tornam associado a muitas infecções hospitalares e surtos. Sua capacidade de adquirir resistência a múltiplos antimicrobianos pode ser devido à relativa impermeabilidade de sua membrana externa e à exposição ambiental a um grande reservatório de genes de resistência. As espécies de Acinetobacter possuem muitas ß-lactamases que hidrolisam e conferem resistência a penicilinas, cefalosporinas e carbapenêmicos. Espécies de A. baumannii podem adquirir genes para resistência a outros organismos, podem sofrer mutações causadoras de resistência ao longo do tempo, ou sob pressão antimicrobiana específica, certas subpopulações com resistência pré-existente emergem e se tornam mais fortes. CONCLUSÃO: Esses três processos não são idênticos e podem coexistir em cepas de A. baumannii resistentes. A A. baumannii resistente a carbapenem (CRAB) foi classificado em 2018 pela OMS como a prioridade número um em pesquisa e desenvolvimento de antibióticos. O carbapenem foi escolhido como marcador porque a resistência ao carbapenem está frequentemente associada a uma ampla gama de resistência a outras classes de antibióticos.