O ESTIGMA ASSOCIADO AO VITILIGO E OS IMPACTOS EMOCIONAIS
VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v9i2.620Palavras-chave:
Estigma, Vitiligo, Impactos, Distúrbios psicossociais, EmoçõesResumo
INTRODUÇÃO: O vitiligo é uma doença cutânea crônica e autoimune, sendo considerado como a principal causa de despigmentação da pele. A patologia é caracterizada pela perda seletiva de melanócitos, que por sua vez leva à diluição do pigmento nas áreas afetadas da pele. Em relação à característica da lesão, a mesma se apresenta como uma mácula totalmente amelanótica, não escamosa, branco-calcária com margens distintas. A despigmentação ocorre em qualquer parte da pele, mas acomete com mais constância na face, mãos, genitais, axilas, pés, joelhos e cotovelos. No entanto, apesar do vitiligo não ocasionar problemas funcionais, pode interferir negativamente na autoestima dos acometidos, impactando negativamente a qualidade de vida diante da relação com a sociedade, principalmente em pessoas de pele negra e em pacientes com casos extensos. OBJETIVO: Objetivou-se elucidar, através da literatura, os aspectos psicossociais e emocionais associados ao vitiligo, e de como a doença pode afetar a autoestima do portador, ocasionando distúrbios psicológicos, como a depressão. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, utilizando como fonte de pesquisa as seguintes plataformas: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online). RESULTADOS: Foi constatado que o vitiligo é uma doença crônica multifatorial, que não interfere diretamente no desempenho físico de um indivíduo, mas sim em sua aparência e em seu psicológico. Os mecanismos patogênicos que atuam sobre o organismo e provocam o vitiligo ainda são incertos, porém há teorias sobre o desenvolvimento da doença, como hipóteses de estresse oxidativo, predisposição genética, anormalidades autoimunes, regeneração de melanócitos e hipótese neural. Além disso, o estado mental do indivíduo portador de vitiligo é de extrema importância, tendo em vista que é afetado por críticas sociais na realidade contemporânea, em que são relatados índices de transtornos psiquiátricos como depressão, síndrome do pânico e ansiedade. Esse fator é preponderante para a convivência, diante das interferências na escola, no trabalho, nos relacionamentos conjugais e extraconjugais, enfatizando quadros psíquicos nos pacientes. Nesse sentido, pode ser observado um isolamento social dos portadores do vitiligo relacionado diretamente ao estigma que permeia essa doença e a desinformação no meio social. CONCLUSÃO: O desenvolvimento de vitiligo e a desinformação a respeito da doença afetam a vida dos acometidos e de pessoas que estão em seu convívio social, tendo como consequência, muitas vezes, o surgimento de comorbidades psicológicas como a ansiedade e a depressão, reduzindo a qualidade de vida e dificultando a inclusão e aceitação social do indivíduo acometido.
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