RELAÇÃO ENTRE MORTALIDADE POR CAUSAS MAL DEFINIDAS E POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO BRASIL
VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v9i2.615Palavras-chave:
Causas de morte mal definidas, Doenças cardiovasculares, Saúde pública, Sistema de Informações em Saúde (SIM/MS), Declaração de ÓbitoResumo
INTRODUÇÃO: O Brasil passou por uma evolução lenta na compilação dos dados referentes às causas de morte. Nesse cenário, a padronização da Declaração de óbito (DO) e a estruturação do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS) foram cruciais para o êxito desse processo. Vale destacar que o objetivo para a Saúde Pública da causa básica da morte é conhecê-la, para deste modo prevenir a causa precipitante. Portanto, as causas de morte se configuram como uma das principais fontes para se conhecer o estado da saúde das populações. Um dos entraves mais relevantes para a definição do perfil epidemiológico de uma determinada região são óbitos por causas mal definidas (CMD), que corresponde às situações em que a pessoa faleceu devido a uma causa que não foi possível definir. No Brasil, a dimensão de mortes por causa mal definida reduziu nos últimos 25 anos, chegando a cerca de 14% em 2001. Nesse contexto, as doenças cardiovasculares, incluindo o infarto agudo do miocárdio (IAM), representam um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, apresentando altas taxas de incidência e mortalidade. OBJETIVOS: Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar a mortalidade por causas mal definidas e por doenças cardiovasculares. Quanto aos objetivos específicos têm em vista, analisar fatores socioeconômicos como possíveis causas de mortes mal definidas, observar a prevalência de doenças cardiovasculares em cada região e identificar os principais entraves relacionados ao acesso à saúde pública. METODOLOGIA: Para esse estudo, foi empregado o método de revisão bibliográfica, utilizando as principais ferramentas online de bases de dados PuBmed (National Library of Medicine) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Realizando busca por artigos em inglês e português, entre os anos de 2010 e 2022. Para delimitar a busca usou-se os seguintes descritores: “Causas de morte mal definidas”, “Doenças cardiovasculares”, “Saúde pública”, “Sistema de Informações em Saúde (SIM/MS)”, “Declaração de Óbito”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em consonância aos dados analisados, identificou-se que, no Brasil, a mortalidade por causas mal definidas está em declínio e que as doenças cardíacas ainda seguem como a enfermidade que mais gera óbitos. Isso é corroborado através de estudos que apontaram as doenças cardiovasculares, principalmente as relacionadas à hipertensão, infarto agudo de miocárdio e as doenças arteriais coronarianas, como sendo as principais causadoras de mortes. Ao se tratar de mortes por causas mal definidas, as publicações analisadas identificam que os dados incompletos e incorretos no Sistema de Informação de Mortalidade são resultados de uma má transcrição dos esclarecimentos gerados pelos Institutos de Medicina Legal nas declarações de óbito. Em somatório, a inacessibilidade desses institutos em regiões afastadas e menos assistidas do Brasil prejudica o abastecimento dessas informações no banco de dados nacional. CONCLUSÃO: As doenças cardiovasculares isquêmicas demonstraram elevada incidência de internação e mortalidade, com padrão crescente, principalmente nos últimos anos. Isso demonstra sua ascensão no país, percorrendo um caminho contrário a erradicação. Já a mortalidade proporcional por causas mal definidas reduziu ao longo do tempo no Brasil, porém apresenta importante magnitude, além das disparidades entre regiões, unidades federativas, capitais e municípios do interior. Quanto ao perfil identificou-se que os óbitos foram, predominantemente, em idosos, pessoas com baixa escolaridade, ocorridos em casa e que as investigações contribuem para a melhoria da qualidade da informação.
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