AUTOMEDICAÇÃO DE PSICOTRÓPICOS POR ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE

VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022

Resumo

INTRODUÇÃO: A automedicação, utilização de medicamentos sem prescrição médica, é uma prática frequente de inúmeros estudantes da saúde, principalmente quando se trata de psicotrópicos, substâncias químicas que atuam no sistema nervoso central. Tais fármacos são vistos como solução imediata para o estresse ocasionado pela rotina extenuante. Essa conduta contradiz o ensino acadêmico quanto ao uso indiscriminado desses fármacos, uma vez que pode ocasionar efeitos indesejados e riscos à saúde. OBJETIVO: O estudo teve como objetivo elucidar a problemática da automedicação abordando frequência, motivos e consequências dessa prática no meio estudantil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, as buscas foram realizadas nas plataformas Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed), Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Portal Nacional da BVS (Bvsalud), Nacional Center of Biotechnology Information e, após avaliação, 15 artigos foram selecionados, considerando os critérios de inclusão idiomas português e inglês e a publicação dos textos entre os anos de 2010 a 2020, e como critério de exclusão foram desconsiderados os artigos focados apenas na temática da automedição. RESULTADOS: Foi observada alta prevalência de automedicação entre universitários da saúde. No curso de medicina, predominância no ciclo clínico.  A utilização inadequada contribui para a dependência do medicamento, tornando-se mais usual na rotina para se desprender do estresse e cansaço diário. A facilidade do acesso a esses fármacos, a cansativa rotina universitária e a postura negligente influenciam o consumo recorrente desses medicamentos, sendo que a maioria afirma ter consciência dos efeitos. CONCLUSÃO: Verificou-se a necessidade de alertar a comunidade acadêmica sobre o número elevado de estudantes que fazem uso de psicotrópicos sem acompanhamento de um profissional. É importante também orientar sobre essa conduta reprovável por parte de futuros médicos, incentivar a busca de alternativas para melhora da qualidade de vida, além de oferecer suporte ao acadêmico.