INTOXICAÇÃO POR MERCÚRIO EM TRIBOS INDÍGENAS DA AMAZÔNIA
VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v9i2.589Palavras-chave:
Intoxicação, Mercúrio, Tribos indígenas, Amazônia, Saúde indígenaResumo
INTRODUÇÃO: Anualmente ocorrem inúmeros casos de intoxicação por metais pesados na região Amazônica. O mercúrio se destaca devido ao seu uso exacerbado e em virtude do seu impacto avassalador na saúde humana, causado pelas suas propriedades químicas que dificultam a sua dissociação de tecidos e também o transporte de nutrientes para as células somáticas. Dentre os grupos mais vulneráveis à contaminação, as tribos indígenas se sobressaem por sua alimentação ser proveniente da fauna e da flora de rios e córregos, que muitas vezes recebem resíduos tóxicos da mineração de ouro. Como agravante ao cenário, diversas flexibilizações ambientais foram implementadas nos últimos anos e suscitaram a expansão e o crescimento desenfreados dessa atividade tão danosa à saúde dos povos originários. OBJETIVO: Analisar estudos isolados sobre a intoxicação por mercúrio em tribos indígenas da Amazônia para se entender o real impacto da atividade mineradora na saúde indígena. METODOLOGIA: O modelo adotado foi uma revisão bibliográfica do tipo integrativa. Para isso, inclui-se produções científicas produzidas em língua portuguesa e/ou língua inglesa entre 2010 e 2022, levando em consideração apenas os artigos com elevada relevância para a discussão. RESULTADOS: A partir dos dados levantados em pesquisas na área, observou-se que os indígenas vítimas de intoxicação por mercúrio tiveram danos, principalmente, ao Sistema Nervoso Central (SNC) e desenvolveram, em muitos casos, distúrbios neuropsiquiátricos. Além disso, notou-se que a alta taxa de mercúrio também está relacionada a um aumento na propensão a doenças coronarianas, como Infarto Agudo do Miocárdio, e ao surgimento de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Ao avaliar as populações nativas de regiões próximas a garimpos ilegais e as que residiam distante deles, percebeu-se uma relação direta entre a distância dos locais de mineração e o nível de mercúrio no sangue e no cabelo dos indivíduos das comunidades acometidas. CONCLUSÃO: Por efeito, o aumento da exposição ao agente patogênico torna a população mais suscetível ao desenvolvimento das doenças correlacionadas. Portanto, pode-se correlacionar o aumento do número de casos de intoxicação por mercúrio com a expansão de garimpos ilegais, promovida pela flexibilização de leis e pela fiscalização ineficiente dos órgãos governamentais.
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