COMPLICAÇÕES DA MALÁRIA EM GESTANTES BRASILEIRAS
VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v9i2.584Palavras-chave:
Malária, Gestantes, Complicações da malária, Malária na gestação, Gestantes com maláriaResumo
INTRODUÇÃO: A malária é uma doença infecciosa negligenciada no Brasil e é causada por protozoários do tipo Plasmodium. Nesse contexto, tal patologia ataca o sistema imune com a liberação de citocinas inflamatórias altamente tóxicas para o organismo e, quando presente em gestantes, maiores complicações são evidenciadas tanto para a mãe quanto para o feto, principalmente por apresentarem elevada vulnerabilidade. OBJETIVO: Demonstrar as complicações relacionadas à malária na gestação de mulheres brasileiras. METODOLOGIA: Este estudo foi elaborado através do método de revisão integrativa, através de pesquisa bibliográfica na qual foram utilizadas as principais ferramentas online de busca de artigos científicos e/ou clínicos indexados em fontes nacionais e internacionais, como: Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed), e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Nessa perspectiva, foram utilizados os seguintes descritores para seleção dos artigos: “malária na gestação”, “malária e maternidade’’, “gestantes com malária” e “malária congênita”. Diante disso, foi utilizada uma ficha de apontamento contendo título, ano de publicação, autores e considerações do artigo para que fossem analisados de forma crítica os resultados e serem selecionados para o desenvolvimento do estudo. RESULTADOS: Nota-se que a gestante se encontra em um processo de intensa alteração imunológica e o risco de complicações pode ser mais elevado, quando não são tomados os cuidados necessários. Destacam-se a hemólise, a anemia grave e a febre alta como fatores de risco para a saúde da mulher na gestação, o que consequentemente afeta o desenvolvimento fetal. Nesse sentido, estima-se que a cada ano aproximadamente cinquenta milhões de mulheres que moram em regiões endêmicas para a malária engravidam e são mais suscetíveis de adquirirem a doença, além das suas complicações. Nessa perspectiva, dados levantados pelo ICB-USP demonstram que as áreas endêmicas, os grupos de risco e a medicação equivocada são elementos preponderantes nas complicações da doença. Porém, o estudo também revela que a ampliação da rede de diagnóstico precoce e tratamento contribuem para a redução de casos. Infere-se ainda a necessidade da subsidiação de políticas públicas de prevenção pautadas na assistência da gestante, de modo a evitar possíveis complicações. CONCLUSÃO: A partir da análise dos artigos selecionados no presente estudo, conclui-se que as complicações mais relevantes relacionadas à malária trazem risco para o desenvolvimento do feto e a iminência de óbito materno. Além disso, nota-se que de acordo com as características do mecanismo de ação da doença, há prejuízo no sistema imune das gestantes, o que consequentemente afeta o curso da gestação, gerando malefícios ao feto. Nesse contexto, destaca-se a incidência de natimortos, o baixo peso ao nascer e a prematuridade, sendo fatores preponderantes para a mortalidade infantil. Por fim, infere-se também que, analisando os aspectos epidemiológicos, a região norte é onde há maior prevalência da doença, devido ao seu caráter endêmico e contexto ambiental, além da conjuntura demográfica e social, as quais em conjunto, contribuem para a progressão do ciclo de transmissão.
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