CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DA RESISTÊNCIA AOS ANTIRRETROVIRAIS EM INDIVÍDUOS QUE CONVIVEM COM HIV
VII Jornada Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA 2022
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v9i2.582Palavras-chave:
Antirretroviral, Epidemiologia, Infecção, HIV, TerapêuticaResumo
INTRODUÇÃO: O Vírus da Imunodeficiência Humana é um lentivírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), a qual afeta o organismo dos seres humanos a partir da deterioração progressiva do sistema imunitário, o que corrobora para o desenvolvimento de infeções oportunistas e cancros potencialmente mortais, sendo que a sua transmissão ocorre por via sexual, via vertical e parenteral. Assim, o tratamento antirretroviral é, atualmente, a única alternativa viável para reduzir ou impedir a replicação do vírus no organismo humano, visto que são adequados de acordo com o quadro clínico do paciente. Nesse sentido, os indivíduos podem apresentar resistência primária ou secundária aos antirretrovirais, sendo a primeira ocasionada pela mutação das cepas do HIV e a segunda gerada pela supressão viral inadequada com pressão seletiva do vírus. Logo, é essencial a discussão a respeito dos desafios no estabelecimento da efetividade terapêutica, bem como a busca por alternativas de tratamento. OBJETIVO: Assim, busca-se caracterizar o perfil clínico e epidemiológico da resistência aos antirretrovirais em indivíduos que vivem com HIV, com foco em elucidar acerca da resistência primária e secundária. MÉTODOS: Para tanto, foi utilizado uma pesquisa bibliográfica, por meio das principais ferramentas online de busca de artigos científicos em português, como: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), MedScape e PubMed, no intervalo de 2015 a 2020. RESULTADOS: Dessa forma, verificou-se que os ARVS são medicamentos que irão atuar em algumas etapas da replicação do vírus, inibindo o ciclo viral e impedindo a infecção dos linfócitos T CD4+ pelo vírus, por diferentes vias, contudo incapazes de suprimir os genes mutantes que configuram os perfis de resistência primária e secundária. Nesse sentido, a resistência primária configura-se na transmissão de genes resistentes a essas drogas, mediante a sua relação com os pacientes que ainda não fizeram qualquer tratamento com antirretrovirais, sendo associada, também, com os fatores regionais e epidemiológicos do vírus. Além disso, constatou-se que a resistência secundária é observada em contextos clínicos de tratamento prévio com melhora significativa do quadro em um período inicial e redução dos efeitos terapêuticos, posteriormente, o que proporciona uma interferência no metabolismo dos fármacos e um aumento da seleção de cepas mais resistentes. CONCLUSÃO: Evidencia-se, portanto, que a ocorrência da resistência aos ARVS está associada, significativamente, com a seleção de cepas resistentes a partir do contexto epidemiológico do vírus. Dessa forma, necessita-se do fomento de estudos para consolidação teórica e científica a respeito da temática.
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