O IMPACTO DA AUTOMEDICAÇÃO POR ANSIOLÍTICOS E ANTIDEPRESSIVOS
VI Jornada de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA / Psiquiatria e Saúde Mental, 25 a 29 de Outubro de 2021
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v8i3.427Palavras-chave:
Ansiolíticos, antidepressivos, automedicaçãoResumo
Introdução: A automedicação vem se destacando como um dos problemas mais alarmantes do atual cenário da saúde brasileira, visto que sua prática está cada vez mais frequente entre a população. Uma das classes de medicamentos mais utilizados sem a devida orientação médica são os antidepressivos e os ansiolíticos, que podem gerar, portanto, situações adversas como perda de memória, sedação, dependência, crises de abstinência e choque. Objetivo: Analisar e identificar os fatores que levam a população adstrita a fazerem o uso indiscriminado de ansiolíticos e antidepressivos e as consequências destes atos. Métodos: Foi elaborada uma revisão bibliográfica em material publicado entre o ano de 2000 a 2021 nos indexadores Scielo, PubMed e livros acadêmicos acerca do assunto. Resultados: O transtorno de ansiedade e depressão encontram-se entre os principais problemas de saúde pública, sendo caracterizados como o “mal do século". A ansiedade é considerada uma condição de humor desagradável relacionada com um desconforto e medo em relação a algumas situações ou de forma generalizada, já a depressão é considerada uma doença multifatorial, que implica nos relacionamentos sociais, alterações de humor, distúrbios do sono ou até mesmo em alguns fatores genéticos e bioquímicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil atingiu um marco de 264 milhões de pessoas diagnosticadas com ansiedade, sendo a maioria entre profissionais e estudantes da área da saúde. Os principais fatores que levam ao uso indiscriminado de medicamentos podem estar associados ao ritmo acelerado de vida, dupla jornada de trabalho, risco no trabalho, responsabilidade e perda de horas de sono. Sendo assim, como forma de suprimir essas sensações, os indivíduos buscam refúgio e alívio emocional nessas drogas. Os medicamentos mais utilizados são os benzodiazepínicos (Diazepam, alprazolam), independente deles serem receitados, alguns indivíduos não seguem a posologia correta. Conclusão: O uso inadequado de medicamentos tornou-se um hábito comum entre jovens e profissionais de saúde devido às más condições de trabalho, alta carga horária e o estresse. Conclui-se então, que o uso irracional de ansiolíticos e antidepressivos, conduz os indivíduos a um estado de dependência química e emocional, sendo necessário constatar o perfil desses profissionais, no intuito de identificar medidas que auxiliem no controle racional desses medicamentos, visando proporcionar assim, o bem-estar dos grupos em questão.
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