A INFLUÊNCIA DO CENÁRIO PANDÊMICO PELA COVID-19 NO DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE: REVISÃO DE LITERATURA
VI Jornada de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA / Psiquiatria e Saúde Mental, 25 a 29 de Outubro de 2021
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v8i3.423Palavras-chave:
Burnout syndrome, COVID-19, pandemiaResumo
Introdução: A pandemia causada pelo SARS-CoV-2, no início do ano de 2020, sobrecarregou tanto os serviços de saúde quanto os próprios profissionais de saúde, principalmente os da “linha de frente”. As estressantes condições de trabalho os tornaram vulneráveis a diversas condições psiquiátricas, como por exemplo a Síndrome de Burnout, caracterizada pelo esgotamento profissional. Observou-se que a mudança da carga horária e longos turnos diante do alto risco de infecção, bem como limitação de recursos hospitalares, proteção e exposição a alta taxa de mortalidade, levaram médicos e enfermeiros à exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional, três sintomas característicos dessa síndrome. Objetivo: Elucidar a influência do cenário pandêmico, promovido pela COVID-19, no desenvolvimento da Síndrome de Burnout em profissionais da área da saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada no período de outubro de 2021, com pesquisas na base de dados PubMed, sendo priorizados textos completos, revisões sistemáticas e publicações realizadas dentro de um ano. Outrossim, foram obtidos 16 artigos, publicados entre outubro de 2020 e setembro de 2021. Os estudos do tipo metanálise e revisão de literatura foram incluídos na construção deste trabalho. Os critérios de exclusão foram: resumos. Resultados: Na Itália, os trabalhadores da área da saúde relataram altos e médios níveis de exaustão e de despersonalização, prevalentes nos agentes da linha de frente – especialmente em profissionais de enfermagem –, com maior carga horária e menor idade. Portanto, notou-se que as mulheres tiveram maiores níveis de exaustão emocional e os enfermeiros homens mostraram maior despersonalização e menor nível de realização pessoal. No entanto, Gualano et. al., 2021, concluiu que o cenário de Burnout em profissionais presentes em UTI e departamento de emergência assemelham-se com resultados anteriores a pandemia. Assim, não evidenciou se tal prevalência aumentou por conta do período pandêmico, inclusive por conta do reduzido tempo de pesquisas e estudos realizados. Logo, tendo alta relevância bibliográfica e sendo coerente durante as análises globais. Conclusão: Possivelmente há uma relação causal entre profissionais da linha de frente e o desenvolvimento de Burnout. Porém, necessita-se de mais estudos para avaliação a longo prazo dos efeitos conforme as fases da pandemia e considerar se os indivíduos receberam o apoio psicológico durante o intervalo pandêmico, visto que fora desse período, esses profissionais já apresentam um maior risco relativo comparado aos profissionais que não estão em contato direto. Dessa forma, observa-se certa urgência em medidas para melhora da saúde mental desses profissionais.
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