O CURSO DE MEDICINA E SUAS REPERCUSSÕES NA SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
VI Jornada de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA / Psiquiatria e Saúde Mental, 25 a 29 de Outubro de 2021
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v8i3.413Palavras-chave:
Saúde mental, estudantes de medicina, depressão, ansiedadeResumo
Introdução: A saúde mental dos profissionais de saúde constitui motivo de grande importância e preocupação, no qual a natureza do exercício profissional pode corroborar para o desenvolvimento de distúrbios da saúde mental. No curso de medicina, especificamente, é possível identificar desde os anos iniciais peculiaridades na rotina do estudante que podem estar associadas ao desenvolvimento de transtornos como depressão e ansiedade. Objetivo: Levantar estudos sobre a repercussão do curso de medicina nos aspectos psicossociais e na saúde mental dos estudantes. Método: A busca foi realizada utilizando-se três descritores (Saúde mental, Estudantes e Medicina; Depressão, Estudantes e Medicina; Ansiedade; Estudantes e Medicina) nos bancos de dados online Medline/PubMed e Scielo para o período de 2010 a 2019. Resultado: Foram encontrados um total de 106 produções científicas. Após a leitura de títulos e resumos foram selecionados 11 artigos que corresponderam ao tema desta pesquisa. As produções foram selecionadas buscando identificar o perfil sociodemográfico dos participantes em estudos e intervenções sobre saúde mental e analisar os fatores que predispõem o desenvolvimento de depressão e ansiedade. Tais como a relação entre o processo de adoecimento e a exposição a situações e episódios de intenso estresse e cobrança durante a graduação, os fatores e peculiaridades do convívio social que podem contribuir na saúde mental destes estudantes, o real impacto e a representatividade no subjetivo dos estudantes exigidos pela entrada no ciclo acadêmico. Discussão: As produções selecionadas neste estudo destacam que a grande quantidade de conteúdo teórico e prático incluído na grade curricular das escolas médicas tem potencial de gerar segurança no cuidado do processo saúde-doença de pacientes, mas alimenta a tensão contínua em relação ao ambiente interno e pessoal deste grupo. Fatores como o mau uso da internet e das redes sociais, o uso inadequado de drogas lícitas como medicamentos, uso de drogas ilícitas e uso de estimulantes foram associados a ansiedade e depressão no grupo estudado. Os sintomas se mostraram mais prevalentes no sexo feminino, fator este que pode estar relacionado ao ambiente predominantemente masculino no qual estão inseridas. Conclusão: Para assegurar a qualidade de vida e o melhor aproveitamento o curso de medicina e posteriormente a melhora da assistência à saúde, é essencial que as universidades discutam estratégias que visem à promoção e prevenção de sintomas que comprometem a saúde mental dos acadêmicos, promovendo assim a saúde psicossocial daqueles que posteriormente serão responsáveis pela saúde da população.
Publicado
Versões
- 2022-05-17 (2)
- 2022-05-17 (1)
Como Citar
Edição
A Revista FIMCA disponibiliza seus artigos e resumos para livre acesso de forma permanente e gratuita nos termos da Creative Commons Attribution License, permitindo que a sociedade possa compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial), desde que seja dado o devido crédito apropriado, provendo um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Vale a pena ressaltar, que mesmo que o material seja transformado, modificado, ou der origem a outro material, este deve ser distribuido respeitando obrigatoriamente a citação do original nos termos da licença CC BY-AS 4.0 DEED.