AVALIAÇÃO DOS FATORES ASSOCIADOS AOS TRANSTORNOS DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE NA VIDA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
VI Jornada de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA / Psiquiatria e Saúde Mental, 25 a 29 de Outubro de 2021
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v8i3.409Palavras-chave:
Câncer de mama, abordagem psiquiátrica, qualidade de vidaResumo
Introdução: O câncer de mama é a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres, no Brasil, em 2020 foram registrados 66.280 novos casos e 18.295 óbitos em 2019, sendo 18.068 mulheres e 227 homens, representando 29,7% de todos os óbitos de cânceres no país. Neste contexto, faz-se necessário analisar os fatores de impacto psiquiátrico gerados pela possibilidade iminente de morte, complicação do tratamento e pós cirúrgicos, que interferem na imagem corporal, sexualidade e autoestima, implicando em transtornos de depressão e ansiedade. Objetivo: A importância sobre a necessidade da identificação de sintomas psiquiátricos, intervenção dos mesmos e o transtorna na vida de mulheres que sofrem silenciosamente no convívio com a insegurança e o medo perante o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama. Metodologia: No presente estudo, foi utilizada uma revisão integrativa nas plataformas de pesquisas Sielo, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde, entre os anos de 2018 e 2021, tendo como finalidade produzir acervo documental atualizado a cerne do estudo. Resultados: Diante do levantamento realizado e considerando as diferentes fases, entre diagnóstico, tratamento cirúrgico e tratamento não cirúrgico, foi identificado que 38,2% das mulheres com câncer de mama apresentam depressão e 32,2% relatam transtornos de ansiedade, atingindo um percentual considerável de impacto na vida dessas mulheres. Foram identificados fatores como o primeiro ano após o diagnóstico, idade avançada, estado civil solteiras e/ ou viúvas (acolhimento emocional), baixa escolaridade, baixa condição financeira, residência em zona rural e pouca ou nenhuma religiosidade, tendo maior probabilidade de desenvolver sintomas psiquiátricos. Também foi analisado o isolamento social vivido neste último ano, associado aos diversos fatores mencionados, praticamente duplicam o percentual de sintomas psiquiátricos, com prevalência de 70,44% para depressão 73,26% para ansiedade. Conclusão: Dessa maneira, o isolamento social e fatores correlacionados anteriormente têm elevada prevalência de depressão e ansiedade entre pacientes com câncer de mama. Essas características sociodemográficas sugerem maior vulnerabilidade em relação à saúde mental e por consequência diminuição na qualidade de vida, sendo de relevante importância a abordagem psiquiátrica para melhoria no prognóstico em pacientes com câncer de mama.
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