IMPLICAÇÕES DO CIGARRO ELETRÔNICO E CONVENCIONAL A MÉDIO E LONGO PRAZO NA POPULAÇÃO JOVEM

IMPLICATIONS OF MEDIUM AND LONG TERM ELETRONIC AND CONVENTIONAL CIGARETTES IN THE YOUNG POPULATION

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37157/fimca.v9i1.341

Palavras-chave:

Cigarro convencional. Cigarro eletrônico. Consequências do cigarro eletrônico. Jovens fumantes. Patologias associadas ao fumo.

Resumo

O uso do cigarro eletrônico (CE) ou também denominado sistema eletrônico de liberação de nicotina tornou-se comum, sobretudo, entre os jovens e os adolescentes, sendo um dos dispositivos mais utilizados. Diante da sua aparência tecnológica e moderna, combinada com aditivos aromatizantes e flavorizantes agradáveis, os CE são utilizados frequentemente como um meio de integração e recreação o que acentua o porquê de ter tornado-se tão popular na sociedade. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é avaliar os efeitos fisiopatológicos do uso do cigarro convencional e eletrônico, com o intuito de comparar e analisar as consequências desse consumo no meio juvenil a médio e longo prazo, além de buscar identificar os possíveis impactos no corpo humano. Este artigo, trata-se de uma revisão bibliográfica, com artigos do período de 2010 a 2021, buscados em plataformas digitais sendo o Google Acadêmico, Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo), em que foram descartados estudos que não condiziam com a temática proposta, incompletos ou que não estivessem disponíveis na língua portuguesa. Assim, conclui-se que as implicações do uso do CE são relativamente menores quando comparados ao cigarro convencional, entretanto, trazem prejuízos nocivos haja vista os efeitos adversos como o vício, o estresse oxidativo, o potencial carcinogênico, as doenças cardiovasculares e pulmonares como EVALI e a possibilidade de ser uma porta de entrada para outras drogas. É evidente, portanto, que outros estudos são necessários a fim de evidenciar a combinação de suas substâncias, uma vez que não há uma padronização dos seus componentes e a interação entre eles ainda é desconhecida.

The use of electronic cigarettes (EC) or also called electronic nicotine delivery system has become common, especially among young people and adolescents, being one of the most used devices. Given their technological and modern appearance, combined with pleasant flavoring and flavoring additives, ECs are often used as a means of integration and recreation, which emphasizes why they have become so popular in society. Thus, the objective of this research is to evaluate the pathophysiological effects of the use of conventional and electronic cigarettes, in order to compare and analyze the consequences of this consumption in the youth environment in the medium and long term, in addition to seeking to identify the possible impacts on the human body. . This article is a bibliographic review, with articles from 2010 to 2021, searched on digital platforms such as Google Scholar, Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed) and Scientific Electronic Library Online (Scielo), in that studies that did not match the proposed theme, that were incomplete or that were not available in Portuguese were discarded. Thus, it is concluded that the implications of EC use are relatively minor when compared to conventional cigarettes, however, they bring harmful damage in view of the adverse effects such as addiction, oxidative stress, carcinogenic potential, cardiovascular and pulmonary diseases such as EVALI and the possibility of being a gateway to other drugs. It is evident, therefore, that further studies are needed in order to demonstrate the combination of its substances, since there is no standardization of its components and the interaction between them is still unknown.

Biografia do Autor

Thayanne Gabryelle Moreira dos Santos, Faculdade Metropolitana

Graduanda em Medicina, pela Faculdade Metropolitana.

Gabriela Pereira Marcolino, Faculdade Metropolitana

Graduanda em Medicina, pela Faculdade Metropolitana.

Laura Beatriz da Silva Santos, Faculdade Metropolitana

Graduanda em Medicina, pela Faculdade Metropolitana.

Susanny Cristina da Silva Ortega, Faculdade Metropolitana

Graduanda em Medicina, pela Faculdade Metropolitana.

Alcione de Oliveira dos Santos , Faculdade Metropolitana

Docente do curso de Medicina, pela Faculdade Metropolitana , mestrado e doutorado em Biologia Experimental pela Universidade Federal de Rondônia/UNIR.

Referências

BARRADAS, A. da S. M et al. Os riscos do uso do cigarro eletrônico entre os jovens. Global Clinical Research Journal, v.1, n.1, e.8, 2021. Disponível em: < https://doi.org/10.5935/2763-8847.20210008>.

BARRETO, S. M. et al. Experimentation and use of cigarrete and ohter tobacco products among adolescentes in the Brazilian state capitals (PeNSE 2012). Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 17, p. 62-76, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbepid/a/yZzYsvLpTpYBzfG7DzZJBPJ/?lang=en>.

BARUFALDI, L. A. et al. Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos: revisão sistemática e meta-análise. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 5, n. 8, 2020. Disponível em: <http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/risco-de-iniciacao-ao-tabagismo-com-o-uso-de-cigarros-eletronicos-revisao-sistematica-e-metaanalise/17801?id=17801>.

BERTONI, N.; SZKLO, A. S. Dispositivos eletrônicos para fumar nas capitais brasileiras: prevalência, perfil de uso e implicações para a Política Nacional de Controle do Tabaco. Cadernos de Saúde Público, v. 37, n. 7, 2021. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csp/a/YTGw6MwNmfbPdKnGXBVxRkz/>.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Re- solução da Diretoria Colegiada - RDC no 46, de 28 de agosto de 2009. Proíbe a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarro eletrônico. Diário Oficial da União 2009. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/ documents/10181/2718376/RDC_46_2009_COMP. pdf/2148a322-03ad-42c3-b5ba-718243bd1919>.

CARDOSO, T. C. A. et al. Aspectos associados ao tabagismo e efeitos sobre a saúde. Research, Society and Development, v. 10, n. 3, 2021. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/12975/11797/172269>.

CARNEVALE, R. et al. Acute impact of tobacco versus electronic cigarette smoking on oxidative stress and vascular function. Chest, v.150, n.3, p.1-18, 2016. Disponível em: <https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/33588>.

CAVALCANTE, T. M. et al. Conhecimento e uso de cigarros eletrônicos e percepção de risco no Brasil: resultados de um país com requisitos regulatórios rígidos. Cadernos de Saúde Pública, v.33, 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csp/a/VK7PxrCCSnWK5BNHLsPhhNf/abstract/?lang=pt>.

DOCKRELL, M. et al. E-cigarettes: prevalence and attitudes in Great Britain. Nicotine & Tobacco Research, v.15, n. 10, p. 1737-1744, 2013. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3768337/>.

FETTERMAN, J.L. et al. Flavorings in Tobacco Products Induce Endothelial Cell Dysfunction. Arterioscler Thromb Vasc Biol, v.38, n.7, p. 1607-1615, 2018. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6023725/>.

FILHO, R de A. A. et al. Uso indiscriminado do cigarro eletrônico e seus malefícios ao trato respiratório. Ponta Grossa: Atena, 2020. Disponível em: <https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/35873>.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE): 2012. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2013. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pense/ 2012/>.

LAYDEN, J. et al. Pulmonary Illness Related to E-Cigarette Use in Illinois and Wisconsin - Final Report. New England Journal of Medicine, v. 10, p. 903-916, 2020. Disponível em: <https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa1911614>.

KNORST, M. M. et al. Cigarro eletrônico: o novo cigarro do século 21? Jornal Brasileiro de Pneumologia, Porto Alegre, v. 40, n. 5, p. 564-572, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/zr39bFFL7y53xrZkHSp4Twx/?lang=pt>.

MENEZES, I. L. et al. Cigarro eletrônico: mocinho ou vilão? Estomatológica Herediana, v. 31, n.1, 2021. Disnponível em: <http://www.scielo.org.pe/pdf/reh/v31n1/1019-4355-reh-31-01-28.pdf>.

MORACO, A. P. T.; MARTINS, J. C. J.; CÁRCANO, C. B. M. Impacto dermatológico do uso do cigarro eletrônico. Manuscripta Medica, v.2, p. 31-36, 2019. Disponível em: <https://facisb.com.br/ojs/index.php/mm/article/view/33>.

OLIVEIRA, W. J. C. de et al. Conhecimento e uso do cigarro eletrônico entre estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso. Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, v.44, n.5, p. 367-369, 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/S7SjWDbZvGnmfBY8rj4dHDt/abstract/?lang=pt>.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. 2020. Tabaco. Disponível em: <https://www.who.int/news-room/factsheets/detail/tobacco.>

PINTO, B. C. M. et al. Cigarros eletrônicos: efeitos adversos conhecidos e seu papel na cessação do tabagismo. Eletrônica Acervo Saúde, v.12, n.10, 2020. Disponível em: <https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/4376>.

SANTOS, M. O. P. et al. Lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico (EVALI): Reflexões sobre a doença e implicações para as políticas públicas. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 50, n.2, p. 311-328, 2011. Disponível em: <http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/view/727>.

SCHOLZ, J. R.; ABE, T. O. Cigarro eletrônico e doenças cardiovasculares. Brasileira de cancerologia, v. 65, n.3, 2019. Disponível em: <https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/542>.

SILVA, A. L. O. da; MOREIRA, J. C. A proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil: sucesso ou fracasso? Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, Brasil, p. 5, 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/d59xtcb8BNtN6NLSPs4D77Q/?lang=pt>

SILVEIRA, O. L.; BRESCHILIARE, M. F. P.; PANERARI, A. C. D’U. A prevalência do tabagismo entre estudantes de medicina do Brasil: evolução nos últimos dez anos. Uningá, v. 44, p. 71-77, 2015. Disponível em: <http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/1218>.

SOCIEDADE PAULISTA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA - SPPT. Cigarro Eletrônico. 2021. Disponível em: <http://sppt.org.br/>.

URRUTIA-PEREIRA, M.; SOLE?, D. Cigarros eletro?nicos: esses ilustres desconhecidos. Arq Asma Alerg Imunol, v.2, n.3, p. 309-314, 2018. Disponível em: <http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=930>.

U.S. Department of Health and Human Services. E-cigarette use among youth and young adults: a report of the Surgeon General. [Internet]. Atlanta: US Depar tament of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention and Health Promo tion, Office on Smoking and Health; 2016 [cited 2017 Sep 27] p. 295. Report No.: NLM QV 137. Available from: <http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr /e-cigarettes/>.

VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO – VIGITEL. Brasília. 2020. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/dados-e-numeros-prevalencia-tabagismo#:~:text=Segundo%20dados%20do%20Vigitel%202020,7%2C6%20%25%20entre%20mulheres.>.

Publicado

2022-06-12

Como Citar

Santos, T. G. M. dos, Marcolino, G. P., Santos, L. B. da S., Ortega, S. C. da S., & Santos , A. de O. dos. (2022). IMPLICAÇÕES DO CIGARRO ELETRÔNICO E CONVENCIONAL A MÉDIO E LONGO PRAZO NA POPULAÇÃO JOVEM : IMPLICATIONS OF MEDIUM AND LONG TERM ELETRONIC AND CONVENTIONAL CIGARETTES IN THE YOUNG POPULATION. REVISTA FIMCA, 9(1), 9-12. https://doi.org/10.37157/fimca.v9i1.341

Edição

Seção

Artigos de Revisão / Review Papers