ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA JOVEM – ADULTO
NON-ALCOHOLIC STEATOHEPATITIS YOUNG - ADULT
DOI:
https://doi.org/10.37157/fimca.v11i1.1038Palavras-chave:
Doença hepática gordurosa não alcoólica, obesidade, doença hepática em adultos, Hábitos alimentares, Síndrome metabólicaResumo
O presente artigo apresenta uma revisão narrativa sobre epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da DHGNA. A prevalência pode acometer até 25% da população em alguns estudos, sendo homens e hispânicos os grupos mais acometidos. A fisiopatologia é complexa e multifatorial, com bases na obesidade, na resistência à insulina e na herança genética. Após diagnóstico, o manejo consiste principalmente em mudanças de estilo de vida, tratamento da síndrome metabólica, farmacoterapia e manejo das complicações da cirrose hepática. Diante do aumento na prevalência, é de grande interesse para a medicina a busca por melhores formas de obter sua detecção precoce, tratamento e controle de complicações. Essas questões são complexas e exigem uma abordagem multidisciplinar. O presente artigo é classificado como revisão sistemática, com abordagem qualitativa, método indutivo e descritivo, com foco na temática, publicados nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e United States National Library of Medicine (PUBMED) no período de 2018 a 2024, utilizando os descritores: esteatose hepática e doença hepática gordurosa não alcoólica. Resultados: foram revisados 20 artigos, onde abordou que a redução do peso corporal, mediante alterações do comportamento alimentar diminui a gordura hepática, porém é necessário um controle rígido e contínuo, visto que o excesso de triacilgliceróis pode voltar a se acumular nos hepatócitos caso os hábitos saudáveis de vida tenham ação descontinuada ou reduzida. Conclusão: a melhor conduta terapêutica para o tratamento e a reversão da patologia baseia-se no consumo alimentar adequado e, na prática, regular de atividade física de forma contínua.
This article presents a narrative review of NAFLD's epidemiology, pathophysiology, diagnosis, and treatment. The prevalence can affect up to 25% of the population in some studies, with men and Hispanics being the most affected groups. The pathophysiology is complex and multifactorial, based on obesity, insulin resistance, and genetic inheritance. After diagnosis, management consists mainly of lifestyle changes, treatment of metabolic syndrome, pharmacotherapy, and management of liver cirrhosis complications. Given the increase in prevalence, the search for better ways to achieve early detection, treatment, and control of complications is of great interest to medicine. These issues are complex and require a multidisciplinary approach. This article is classified as a systematic review, with a qualitative approach, inductive and descriptive method, focusing on the theme, published in the Scientific Electronic Library Online (SciELO) and National Library of Medicine (PUBMED) databases from 2018 to 2024, using the descriptors: hepatic steatosis and non-alcoholic fatty liver disease. Results: 20 articles were reviewed, which found that reducing body weight through changes in eating behavior reduces liver fat. However, strict continuous control is necessary since excess triacylglycerols can accumulate in hepatocytes again if healthy lifestyle habits are not reduced.
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