TY - JOUR AU - Silva, Amábile Castro da AU - Silva, Juliane de Medeiros AU - Costa, Thainara Melgar da AU - Silva, Elis Regina Cardoso Duarte AU - Morheb, Mariana Jane Silva PY - 2022/05/16 Y2 - 2024/03/28 TI - TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E SEU IMPACTO NA VIDA DOS PORTADORES: UM RELATO DE CASO: VI Jornada de Medicina do Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA / Psiquiatria e Saúde Mental, 25 a 29 de Outubro de 2021 JF - REVISTA FIMCA JA - FIMCA VL - 8 IS - 3 SE - DO - 10.37157/fimca.v8i3.407 UR - https://ojs.fimca.com.br/index.php/fimca/article/view/407 SP - VI AB - <p><strong>Introdução: </strong>O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é marcado pela presença de compulsões, definidas como comportamentos recorrentes ou ações mentais em que a pessoa se sente na obrigação de praticar, em virtude das regras que precisam ser cumpridas rigorosamente e/ou obsessões, que são caracterizadas por pensamentos, impulsividade ou imagens recorrentes, persistentes, intrusivas e malquistas.<strong> Objetivo: </strong>Realizar relato de caso e trazer a tona discussão acerca das consequências do TOC. <strong>Metodologia: </strong>Descrição detalhada de caso clínico. <strong>Relato de caso:</strong> K.H.P.C, 22 anos, solteiro, ensino médio incompleto, residente de RO, comparece a unidade de saúde em 17/09 com a queixa de "medo de ficar doente”. No início do mês, procurou serviço de emergência apresentando sintomas extrapiramidais e delírio de doença. Em uso de haloperidol 5mg e prometazina 25mg 12/12h. Permaneceu internado por 12 dias e no dia seguinte à alta, compareceu ao hospital por acreditar que estava “prestes a ter uma crise”, evoluindo com alucinações sinestésicas, sendo encaminhado para o serviço de psiquiatria. Aos 15 anos o mesmo iniciou quadro de isolamento social, se recusava a sair do quarto até para urinar (urinava no copo por achar que alguém o observava); parou de estudar e apresentava comportamento suspicaz (ficava nu para que órgão não encostasse na coxa). Aos 19 anos, paciente refere que se andasse e pensasse em morte, tinha que dar passos para trás até pensar em coisas boas; passou a lavar muito as mãos; e ter pensamentos suicidas. Devido a piora, genitora buscou ajuda médica e paciente iniciou fluoxetina, risperidona e diazepam, melhorando consideravelmente. Em 2020 passou a fazer uso de álcool, maconha, crack, cocaína e descontinuidade dos medicamentos, sendo internado no final deste ano. Apresentava-se lúcido, orientado auto e alopsiquicamente, colaborativo, higiene adequada, pensamento prolixo, conteúdo referente a suas vivências, sem alteração da sensopercepção, humor ansioso, modula afeto, memória de evocação preservada, com crítica. EEG de 13/09 apresentava sinais de atividade irritativa em região frontoparietal esquerda. Neurologia levantou hipótese de epilepsia parcial simples, e sugeriu dosagem sérica de neuroléptico e iniciar ácido valpróico 250mg 1cp/dia com progressão para 2x/dia em uma semana. <strong>Conclusão: </strong>As obsessões do TOC provocam ansiedade e afetam diretamente o cotidiano do indivíduo e de seus familiares, causando prejuízo funcional e disfunção psicossocial, como no caso do paciente relatado. O tratamento medicamentoso, apesar de resolutivo, deve ser complementado com acompanhamento psicológico e assistência à família, para que assim o paciente tenha conforto e qualidade de vida restabelecida.</p> ER -